O velório e sepultamento da jovem Natany Alves, de 20 anos, foram marcados por intensa comoção na cidade de Quixeramobim, no interior do Ceará. Familiares, amigos e moradores locais se reuniram para prestar as últimas homenagens à universitária, que teve sua vida interrompida de forma brutal após ser sequestrada e morta a pedradas na saída de uma igreja evangélica.
A cerimônia fúnebre aconteceu na última segunda-feira (17) e foi marcada por momentos de grande dor e lembranças afetuosas. Natany era conhecida por sua alegria e carinho com todos ao seu redor, sendo ativa na Congregação Cristã do Brasil e com um futuro promissor pela frente. O crime que tirou sua vida abalou toda a comunidade, que agora clama por justiça.
As investigações revelaram que os criminosos não conheciam a vítima e estavam sob efeito de drogas e álcool antes do ataque. O grupo foi visto nas proximidades da rodoviária de Quixeramobim e, ao avistar Natany, decidiu sequestrá-la. A jovem foi levada à força para uma área isolada na localidade de Laranjeiras, no município vizinho de Banabuiú. Ao reagir ao sequestro, ela foi assassinada de maneira brutal.
Após o crime, os suspeitos abandonaram o veículo em Quixadá e tentaram fugir, mas foram rapidamente localizados e presos pela polícia. Os responsáveis foram identificados como:
- Francisco Márcio Freire, de 43 anos, apontado como o mentor do sequestro, com histórico de roubos;
- Francisco Teodósio Ramos, também de 43 anos, que já possuía passagem por violência doméstica;
- Jardson do Nascimento Silva, de 23 anos, sem antecedentes criminais registrados.
De acordo com as autoridades, o trio levava uma vida errante, mudando constantemente de cidade e sobrevivendo por meio de crimes para sustentar o vício em drogas. A intenção inicial era roubar um veículo para vendê-lo e conseguir dinheiro para pagar dívidas, mas a ação terminou com o assassinato de Natany.
Os três suspeitos foram detidos no município de Quixadá, a cerca de 43 km do local do crime, e autuados por latrocínio. A Polícia Civil já solicitou a prisão preventiva, e as investigações continuam para identificar possíveis conexões com outros delitos.
O caso gerou grande indignação na região e reacendeu debates sobre segurança pública e o aumento da criminalidade em cidades do interior. A morte de Natany expôs a vulnerabilidade da população diante da violência, especialmente de crimes praticados por indivíduos que vivem à margem da sociedade.
A tragédia levanta questionamentos sobre a necessidade de políticas mais eficazes para combater a criminalidade e dar suporte a pessoas em situação de vulnerabilidade. Enquanto isso, a dor da perda permanece entre amigos e familiares, que agora lutam para que a justiça seja feita e que casos como esse não se repitam.
A memória de Natany segue viva nos corações daqueles que a conheceram, e a comunidade se une em um apelo para que sua morte não seja esquecida, mas sirva como um alerta para a necessidade urgente de mais segurança e proteção para todos.