Rubby Pérez, uma das maiores vozes da música latina, teve sua trajetória encerrada de forma inesperada e trágica. O cantor dominicano, famoso por marcar gerações com sua interpretação intensa e poderosa no merengue, faleceu aos 69 anos após o desabamento do teto de uma boate em Santo Domingo, capital da República Dominicana. O incidente ocorreu durante uma de suas apresentações, transformando uma noite de celebração em uma das maiores tragédias do país.
Com uma carreira que atravessou décadas, Rubby Pérez não era apenas mais um nome da música caribenha. Ele foi, sem dúvidas, um símbolo da cultura dominicana e um embaixador do merengue mundo afora. Sua morte repentina chocou fãs, artistas e autoridades, gerando uma onda de homenagens emocionadas nas redes sociais e na mídia internacional.
Rubby começou a brilhar nos anos 1980, quando se tornou vocalista principal da famosa Orquestra de Wilfrido Vargas. Foi nessa fase que sua voz ganhou projeção internacional, com canções que se tornaram hinos em festas e rádios. O sucesso foi tanto que, pouco tempo depois, ele decidiu seguir carreira solo — um passo ousado que só confirmou seu talento e carisma diante do público.
Entre os seus maiores sucessos estão faixas como Volveré e El Africano, músicas que ainda hoje ecoam em muitas pistas de dança da América Latina. Com sua voz potente e interpretação apaixonada, Rubby conquistou fãs em diversos países e se manteve relevante por décadas em um mercado musical cada vez mais competitivo.
A noite de sua morte, no entanto, ficará marcada na memória de muitos não pela música, mas pela tragédia. Durante uma apresentação na tradicional boate Jet Set, o teto do local desabou de forma repentina. O acidente resultou em pelo menos 124 mortes e mais de 100 feridos. A estrutura do local não suportou a superlotação combinada com fortes chuvas, segundo informações preliminares das autoridades.
Entre os mortos estavam também outras figuras conhecidas, como os ex-jogadores de beisebol Tony Blanco e Octavio Dotel, além da governadora de Montecristi, Nelsy Cruz, irmã do jogador Nelson Cruz. O impacto do acidente foi tão grande que levou o governo dominicano a decretar luto oficial, enquanto investigações foram iniciadas para apurar responsabilidades.
Wilfrido Vargas, antigo parceiro de Rubby Pérez, publicou uma mensagem comovente dizendo estar “destroçado” com a perda e descrevendo Rubby como “o melhor cantor que o gênero já teve”. As palavras reforçam o quanto o artista era querido por seus colegas e admirado como profissional.
A morte de Rubby Pérez nos leva a refletir sobre a fragilidade da vida, mesmo para aqueles que parecem imortais aos olhos do público. O cantor estava em plena atividade e, até o momento do acidente, encantava o público com a mesma energia de décadas atrás.
Sua ausência será profundamente sentida no cenário musical latino. No entanto, seu legado continua vivo nas canções que gravou, nos palcos que percorreu e nos corações que tocou com sua arte. Fãs ao redor do mundo seguirão celebrando a vida de Rubby Pérez não pelo fim trágico, mas pela história rica de superação, talento e paixão pela música.
Rubby não foi apenas um cantor. Ele foi — e sempre será — uma lenda.
