Internado, Bolsonaro relata falta de movimentos int… ver mais

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Após enfrentar uma cirurgia delicada em abril, o ex-presidente ainda lida com sérios desafios em sua recuperação. Desde que foi internado no dia 13, ele relata dificuldades que chamam atenção, como a ausência de movimentos intestinais e episódios constantes de soluços.

Recentemente, Bolsonaro compartilhou com seus seguidores que seu quadro clínico permanece delicado. As manifestações de gastroparesia — condição que desacelera o esvaziamento do estômago — continuam a afetá-lo de forma intensa. Desde a última intervenção cirúrgica, ele ainda não apresentou movimentos intestinais espontâneos, um sinal de que o sistema digestivo não retomou seu funcionamento normal.

Apesar dos contratempos, o ex-presidente informou que está recebendo nutrição adequada, porém, por meios alternativos. Toda a alimentação e reposição calórica ocorrem via parenteral, ou seja, diretamente pela corrente sanguínea. Esse tipo de suporte é fundamental para evitar a perda de peso severa e garantir a manutenção das funções vitais.

Além do suporte nutricional, Bolsonaro realiza sessões controladas de fisioterapia motora. O objetivo principal é recuperar a massa muscular que se perdeu durante o período prolongado de repouso, inevitável em casos pós-operatórios tão complexos. Também fazem parte do protocolo terapêutico medidas preventivas contra trombose venosa, risco comum entre pacientes internados por longos períodos.

O Hospital DF Star, em Brasília, local onde o ex-presidente permanece internado, divulgou recentemente um boletim médico confirmando sua permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com a equipe responsável, o quadro clínico é estável. Bolsonaro não apresenta febre nem alterações significativas na pressão arterial. Contudo, ainda não foi possível retomar a alimentação via oral.

A internação prolongada é necessária para acompanhar a evolução do quadro digestivo, realizar exames frequentes e ajustar o tratamento conforme a resposta do organismo. A equipe médica destaca que ele está sendo monitorado rigorosamente, com tomografias de controle realizadas diariamente para detectar qualquer possível complicação com antecedência.

Um dos episódios mais preocupantes durante esse período foi uma alteração na pressão arterial, prontamente controlada pelos médicos. Essas variações exigem cuidados redobrados para que a recuperação prossiga sem intercorrências graves.

O histórico de saúde de Bolsonaro ajuda a entender a complexidade atual. A cirurgia realizada no início de abril teve como foco o tratamento de uma obstrução intestinal e a reconstrução de uma parte do intestino, danificada em decorrência das complicações oriundas do atentado sofrido em 2018. Desde então, o sistema digestivo do ex-presidente passou por sucessivos desafios, que agora culminam em um processo de recuperação mais delicado e demorado.

Outro fator que contribui para o quadro complicado é a própria natureza da gastroparesia. Essa condição, caracterizada pela lentidão do esvaziamento gástrico, pode gerar sintomas como sensação de estômago constantemente cheio, náuseas, vômitos e saciedade precoce. Além disso, a gastroparesia é frequentemente agravada por fatores emocionais, tipo de dieta e uso de medicamentos, o que torna o manejo clínico ainda mais desafiador.

Para os especialistas, cada caso de gastroparesia precisa ser tratado de forma personalizada. No caso de Bolsonaro, a abordagem envolve a nutrição parenteral total para garantir o fornecimento de nutrientes, além de terapias específicas para estimular gradualmente o funcionamento do sistema digestivo.

A visitação ao ex-presidente permanece restrita, como medida para evitar infecções e possibilitar um ambiente mais seguro e controlado para a recuperação. Familiares e aliados têm acompanhado o quadro de longe, atualizados por meio de boletins médicos e comunicados oficiais.

O tratamento da gastroparesia pode exigir longos períodos de internação e ajustes constantes nas estratégias terapêuticas. Por isso, a previsão de alta hospitalar ainda não foi definida pela equipe médica. Cada pequeno progresso é avaliado com cautela antes de qualquer mudança no plano de cuidados.

É importante destacar que a fisioterapia motora e respiratória desempenha um papel crucial na prevenção de complicações secundárias, como trombose e pneumonia, condições que podem agravar ainda mais a recuperação de pacientes com mobilidade reduzida.

Em resumo, a batalha pela recuperação completa ainda está longe de terminar. Apesar de estar clinicamente estável, o ex-presidente segue enfrentando desafios significativos. A luta contra as complicações intestinais e a gastroparesia exige um cuidado médico intensivo, disciplina e tempo para que o organismo retome sua função plena.

Acompanhando cada passo desse processo, a equipe médica segue empenhada em proporcionar a melhor assistência possível. Para os apoiadores de Bolsonaro, resta aguardar, torcendo pela melhora gradativa e pela superação de mais essa etapa difícil em sua vida.

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