Bolsonaro interrompe eventos após passar mal e revela sintomas alarmantes

Notícia

Na manhã de sexta-feira, 20 de junho de 2025, Jair Bolsonaro (PL) precisou cancelar compromissos após sentir um forte mal-estar durante um evento em Goiânia. O encontro havia sido marcado por um churrasco promovido pelo Frigorífico Goiás, onde ele foi recebido com festa por apoiadores e pelo empresário Leandro Batista da Nóbrega.

O almoço foi anunciado antecipadamente nas redes sociais, com vídeos mostrando Bolsonaro cumprimentando o anfitrião e confirmando presença. O empresário também incentivou que os apoiadores comparecessem com camisetas do Brasil, o que resultou em uma grande concentração de pessoas no local logo pela manhã.

Durante a recepção, os funcionários do frigorífico prepararam cortes nobres de carne para servir aos presentes. O clima era de comemoração e apoio político, já que vários aliados do ex-presidente estavam ao seu lado, incluindo o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que compartilhou imagens de uma peça de picanha personalizada com o rosto de Bolsonaro, chamada “picanha black”.

Mal-estar interrompe programação

Apesar da recepção calorosa, Bolsonaro permaneceu pouco tempo no local. Por volta do fim da manhã, começou a passar mal e precisou ser levado de volta a Brasília. O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), confirmou o cancelamento da agenda em suas redes sociais, informando que o ex-presidente não poderia participar dos eventos previstos na cidade.

Esse episódio aumentou a preocupação sobre o estado de saúde de Bolsonaro, que nos últimos anos passou por diversas cirurgias abdominais após o atentado à faca em 2018. Segundo relatos de pessoas próximas, ele já havia se queixado de sintomas estomacais um dia antes, durante uma cerimônia na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia. Na ocasião, interrompeu seu discurso após um arroto, dizendo que vomita cerca de dez vezes por dia.

Condições médicas e histórico cirúrgico

Desde o atentado, Bolsonaro foi submetido a pelo menos sete intervenções cirúrgicas no trato gastrointestinal. A mais recente, realizada em abril de 2025, foi uma laparotomia exploradora para tratar uma obstrução intestinal provocada por aderências pós-operatórias. Esse tipo de procedimento exige um período rigoroso de repouso, normalmente de seis a oito semanas.

Especialistas explicam que essas aderências são comuns após múltiplas cirurgias e podem causar náuseas, vômitos e desconfortos persistentes. Mesmo com recomendações médicas, Bolsonaro seguiu participando de eventos públicos e políticos em diferentes estados.

Na manhã seguinte ao mal-estar, o cirurgião responsável por suas últimas operações, Claudio Birolini, viajou de São Paulo para Brasília. Ele acompanhou o ex-presidente para a realização de novos exames no Hospital DF Star. A avaliação médica busca entender se os sintomas estão relacionados às intervenções anteriores ou se há algum novo quadro clínico exigindo cuidados.

Episódios anteriores e impacto político

Esta não é a primeira vez que a saúde do ex-presidente interfere em sua agenda. Desde que deixou o cargo, Bolsonaro tem enfrentado altos e baixos, alternando períodos de visibilidade pública com momentos de recolhimento forçado por questões de saúde.

A visita ao Frigorífico Goiás também resgatou memórias de um episódio polêmico durante a campanha de 2022. Na época, o mesmo empresário promoveu uma ação chamada “picanha do mito”, vendendo carne nobre por um preço muito abaixo do mercado, exclusivamente para pessoas vestindo a camisa da seleção. A promoção gerou tumulto, quebra-quebra nas instalações e a morte de uma mulher de 46 anos.

A Justiça suspendeu a campanha alegando abuso do poder econômico e violação da legislação eleitoral. Houve ainda a imposição de multa e a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para apurar possíveis irregularidades.

Recuperação e próximos passos

De volta a Brasília, Bolsonaro segue em repouso. Sua equipe médica monitora os sintomas com atenção e, por ora, as atividades públicas do ex-presidente estão suspensas. Ainda não há previsão oficial sobre sua próxima aparição.

A situação levanta novos questionamentos sobre sua capacidade de seguir em ativa participação política nos próximos meses. A depender da evolução clínica, Bolsonaro poderá ser aconselhado a reduzir compromissos e priorizar a recuperação completa.

Enquanto isso, seus apoiadores seguem manifestando solidariedade e desejando melhoras pelas redes sociais. Apesar do susto, a expectativa da equipe médica é de que o quadro não represente risco grave, mas o acompanhamento contínuo será essencial para evitar novas complicações.


Resumo em tópicos para leitura rápida:

  1. Bolsonaro passa mal durante churrasco com apoiadores em Goiânia.

  2. Evento foi promovido por empresário que já havia feito ações políticas.

  3. Ex-presidente havia reclamado de sintomas no dia anterior.

  4. Foi levado a Brasília para exames médicos com seu cirurgião de confiança.

  5. Agenda política está suspensa até nova avaliação de saúde.


Conclusão

O mal-estar de Bolsonaro durante um evento político em Goiânia reacende a preocupação com sua saúde e capacidade de seguir em atividades públicas. Com exames em andamento e recomendações médicas de repouso, a recuperação será determinante para os próximos passos de sua trajetória. O cenário exige cautela, tanto por parte da equipe médica quanto dos apoiadores, que acompanham de perto cada atualização.

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