Uma jovem de 22 anos foi internada compulsoriamente por determinação da Justiça após ser apontada como responsável pela morte da própria irmã, uma criança de apenas 4 anos. O crime ocorreu na última segunda-feira (13) em Mafra, município localizado a cerca de 300 quilômetros de Florianópolis, Santa Catarina.
Suspeita é de que ela tenha tido um surto psicótico antes de atacar a menina a facadas
As investigações iniciais indicam que a jovem pode ter sofrido um surto psicótico antes de atacar a irmã com uma faca enquanto ela dormia. A vítima, identificada como Soraia Schmidt, chegou a ser socorrida pelos pais, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu durante o atendimento médico.
Após o ataque, a suspeita se trancou dentro de um dos cômodos da casa, recusando-se a sair. A polícia foi acionada e, após uma longa negociação, conseguiu detê-la com o uso de uma arma não letal. Diante da gravidade da situação, a jovem foi levada sob custódia para avaliação psiquiátrica e posteriormente internada em uma unidade de saúde mental.
Na terça-feira (14), durante audiência de custódia realizada no Fórum de Mafra, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina determinou sua internação. A medida será mantida até que novos laudos médicos confirmem que a jovem não apresenta risco para si mesma ou para outras pessoas. O tribunal também informou que detalhes adicionais do caso seguem em sigilo judicial.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Eduardo Borges, a família relatou mudanças no comportamento da jovem nos dias que antecederam o crime. Ela teria começado a se isolar no próprio quarto, evitando interações com os familiares. Esse comportamento pode indicar um agravamento de um possível quadro psiquiátrico, embora ainda seja necessário um diagnóstico médico detalhado para esclarecer a motivação exata do crime.
O caso chocou a comunidade local e levantou debates sobre a importância da atenção à saúde mental, especialmente entre jovens adultos. Especialistas alertam que surtos psicóticos podem ocorrer de forma repentina e, em alguns casos, levar a atitudes extremas se não forem identificados e tratados precocemente. A necessidade de políticas públicas voltadas à saúde mental se torna ainda mais evidente diante de casos como este, que poderiam ser evitados com acompanhamento adequado.
Além disso, o impacto desse crime na família da vítima é imensurável. A dor da perda, aliada ao choque de ver um ente querido como responsável pelo ato, cria uma situação de luto extremamente complexa. A busca por apoio psicológico para esses familiares é essencial para ajudá-los a lidar com as consequências emocionais dessa tragédia.
A sociedade também precisa estar atenta aos sinais de sofrimento psíquico, tanto em pessoas próximas quanto em si mesma. Buscar ajuda profissional ao notar sintomas como isolamento, alterações de humor ou comportamentos agressivos pode ser determinante para evitar tragédias. A conscientização sobre saúde mental deve ser constante e acessível a todos.
A polícia segue investigando o caso para esclarecer todos os detalhes e entender as circunstâncias que levaram ao crime. Enquanto isso, a comunidade de Mafra ainda tenta compreender e processar o ocorrido, reforçando a importância de um olhar atento para a saúde mental e o suporte emocional dentro das famílias e da sociedade como um todo.