Em mensagem enviada à mãe, antes de morrer, Juliana Marins afirmou: Não tenho m… ver mais

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A trágica morte de Juliana Marins, uma jovem brasileira de apenas 26 anos, causou comoção nacional. Ela perdeu a vida após despencar de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O caso gerou revolta não apenas pela perda precoce, mas também pelas circunstâncias envolvendo o resgate e a negligência que cercou o episódio.

Juliana estava em uma viagem dos sonhos, mochilando pela Ásia desde fevereiro deste ano. Cheia de energia, coragem e espírito aventureiro, ela havia escolhido explorar a natureza exuberante da Indonésia. O que era para ser mais uma experiência inesquecível acabou se transformando em uma das histórias mais tristes do noticiário recente.

Segundo as informações divulgadas, Juliana sofreu várias fraturas ao cair de um penhasco durante uma caminhada guiada. A autópsia revelou que a causa da morte foram os ferimentos graves resultantes da queda. O mais revoltante, no entanto, é que tudo poderia ter sido evitado — e é exatamente isso que deixou familiares e amigos indignados.

Manoel Marins, pai da jovem, fez duras críticas à forma como a tragédia foi conduzida. Para ele, houve falhas de todas as partes envolvidas. Em entrevista ao programa “Fantástico”, ele não escondeu sua dor ao apontar os responsáveis pelo que aconteceu. Segundo Manoel, o guia turístico abandonou Juliana sozinha no meio da trilha para fumar. A empresa que vende os pacotes também foi alvo de críticas, por apresentar o percurso como algo simples e acessível, sem deixar claro os riscos.

Mas, na visão do pai, o maior erro veio da administração local do parque. Ele afirma que o coordenador do Monte Rinjani demorou para acionar a Defesa Civil, o que teria comprometido diretamente as chances de resgate com vida. O tempo perdido foi crucial, e para uma vítima em situação grave como Juliana, cada minuto poderia significar a diferença entre viver ou morrer.

A comoção ficou ainda maior quando a última mensagem enviada por Juliana à mãe veio a público. Em um texto cheio de emoção e ternura, ela demonstrou toda sua força e carinho pela família. Em suas palavras, Juliana dizia que não sentia medo. O que realmente a preocupava era a possibilidade de desapontar os pais ou a irmã. Ela exaltava o exemplo da mãe como uma mulher corajosa, forte e capaz de enfrentar qualquer desafio. Disse que herdou essa força e que carregava dentro de si a confiança de quem foi criada para lutar por seus sonhos.

A mensagem tocou profundamente os brasileiros, viralizando nas redes sociais. Era um verdadeiro retrato de quem Juliana foi em vida: determinada, amorosa e corajosa. Mesmo em um continente distante, enfrentando desafios sozinha, ela manteve viva a conexão com sua família e nunca deixou de valorizar o amor que recebia deles.

Infelizmente, nem toda coragem é capaz de evitar tragédias. A morte de Juliana Marins escancarou a falta de preparo de muitas empresas de turismo que operam em regiões turísticas com alto grau de risco. A promessa de trilhas “fáceis” e acessíveis, vendidas como passeios simples, acaba mascarando os perigos reais dessas aventuras. Além disso, reforça-se a necessidade urgente de fiscalização mais rigorosa por parte das autoridades locais, garantindo que a segurança dos visitantes esteja em primeiro lugar.

Enquanto isso, no Brasil, familiares e amigos tentam lidar com a dor da perda. A mãe, Estela, que recebeu a mensagem de despedida sem saber que seria a última, tem se amparado nas palavras da filha para seguir em frente. Ela sabe que Juliana partiu vivendo intensamente, como sempre sonhou. Mas isso não diminui o peso da ausência nem o sentimento de injustiça.

A comoção pública gerada pela morte de Juliana também abriu espaço para um debate importante: o turismo de aventura deve vir acompanhado de responsabilidade. Não basta oferecer experiências únicas — é fundamental garantir que cada trilha, cada subida, cada desafio, seja feito com a máxima segurança possível. Vidas como a de Juliana não podem ser tratadas como números ou estatísticas.

Seu legado, no entanto, continua. A mensagem que ela deixou, cheia de afeto, coragem e gratidão, ficará marcada para sempre. Que a história de Juliana Marins sirva de alerta e, ao mesmo tempo, de inspiração. Que sua luz continue brilhando nas memórias de todos que a amaram e na luta por um turismo mais seguro e consciente.

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