Após passar por uma delicada cirurgia de desobstrução intestinal, o ex-presidente da República segue em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. De acordo com o boletim médico mais recente, divulgado nesta terça-feira (29), ele começou a ingerir líquidos leves como água, chá e gelatina — e o organismo respondeu positivamente.
Apesar de estar há mais de duas semanas hospitalizado, os médicos relatam que a evolução clínica é estável. Segundo a equipe médica, a alimentação pós-cirurgia intestinal está sendo introduzida de maneira gradual, respeitando os sinais do próprio corpo e com foco total na reabilitação segura e eficaz.
O documento informa que, mesmo com um quadro de gastroparesia — uma condição que dificulta o esvaziamento do estômago —, o paciente conseguiu tolerar bem os líquidos oferecidos. Além disso, foi registrado o retorno de movimentos intestinais espontâneos, o que indica uma evolução relevante no processo de recuperação.
Os especialistas também destacaram que o ex-presidente está sem febre, não apresenta dor e mantém a pressão arterial sob controle. Esses sinais clínicos contribuem para um cenário de maior estabilidade, embora ainda não haja previsão de alta da UTI.
A equipe de saúde segue com um rigoroso protocolo de cuidados. O suporte nutricional intravenoso ainda está em andamento para garantir que o corpo receba a quantidade necessária de calorias e nutrientes durante esse período em que a alimentação sólida ainda não foi introduzida. Ao mesmo tempo, o paciente realiza sessões regulares de fisioterapia motora, que são fundamentais para prevenir a perda muscular e estimular o funcionamento do organismo como um todo.
Desde a internação, ocorrida no último dia 12, a equipe médica tem reforçado que se trata de um quadro delicado. O ex-presidente passou mal durante compromissos em Natal e foi transferido para Brasília, onde foi submetido a um procedimento descrito como “extremamente complexo”. A obstrução intestinal exigiu atenção cirúrgica imediata e, segundo os profissionais envolvidos, o sucesso do tratamento depende de uma recuperação cuidadosa e monitorada de perto.
Além dos cuidados médicos intensivos, o boletim ressalta que o paciente está sendo acompanhado com medidas preventivas contra trombose venosa — uma preocupação comum em internações prolongadas. As visitas seguem restritas, uma medida comum nesse tipo de situação para evitar infecções e garantir a tranquilidade necessária à recuperação.
O boletim anterior, divulgado no dia 28, já indicava sinais de estabilidade e antecipava que a introdução da alimentação oral aconteceria com cautela. O progresso observado até agora reforça a expectativa de continuidade da melhora clínica, embora ainda sem uma data definida para que ele deixe a UTI.
Vale lembrar que a recuperação após uma cirurgia intestinal envolve diversos desafios. Cada organismo reage de forma diferente, e por isso o ritmo de introdução alimentar precisa ser individualizado. Em casos como esse, a escolha por líquidos leves como água, chá e gelatina não é apenas uma questão de conforto, mas sim uma estratégia médica comprovada para avaliar a funcionalidade do sistema digestivo sem sobrecarregá-lo.
Além disso, a presença de gastroparesia pode tornar o processo de recuperação mais lento. Essa condição, que desacelera o esvaziamento do conteúdo do estômago, exige atenção redobrada dos médicos para evitar náuseas, vômitos ou distensão abdominal. A boa resposta à alimentação inicial, nesse contexto, é um sinal animador para os especialistas que acompanham o caso.
Enquanto a recuperação avança, o foco permanece em garantir estabilidade total antes de qualquer decisão sobre transferência de unidade ou alta hospitalar. Por enquanto, o paciente segue em ambiente controlado, recebendo todos os cuidados necessários para minimizar riscos e acelerar a cicatrização interna.
Mesmo com a evolução positiva, os médicos seguem atentos aos mínimos sinais. Complicações intestinais exigem vigilância constante, e por isso a equipe continua monitorando exames laboratoriais, indicadores inflamatórios e sinais clínicos com rigor.
A boa resposta à alimentação líquida, somada à ausência de dor, febre e outros sintomas, representa um passo importante. Ainda assim, os profissionais evitam criar expectativas precipitadas quanto à liberação do paciente da UTI. A prioridade absoluta segue sendo o bem-estar e a plena recuperação do ex-presidente, com cada etapa sendo conduzida de forma criteriosa.
Esse tipo de acompanhamento multidisciplinar, com nutricionistas, fisioterapeutas e médicos especializados, faz toda a diferença nos resultados. A evolução positiva observada até agora reforça a importância do tratamento bem conduzido e do suporte integral ao paciente em situações cirúrgicas complexas como essa.
Por fim, enquanto a população acompanha as atualizações, a recomendação médica é manter o respeito ao processo de recuperação e evitar a disseminação de informações não oficiais. A saúde, como sempre, deve ser tratada com responsabilidade e empatia.