Lula decreta luto de 7 dias no Brasil pela morte do Papa Francisco e destaca seu legado global

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Nesta segunda-feira (21), o mundo perdeu uma das vozes mais influentes da atualidade. O Papa Francisco faleceu aos 88 anos, conforme comunicado oficial do Vaticano. Em resposta imediata, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de sete dias em todo o Brasil. A notícia causou comoção não apenas entre os católicos, mas entre todos que viam no pontífice um símbolo de empatia, justiça e cuidado com os mais vulneráveis.

Lula, em nota oficial, declarou que a humanidade perdeu uma liderança espiritual que, com coragem e humildade, trouxe esperança a milhões. O decreto presidencial confirma o luto nacional com honras fúnebres dignas de um chefe de Estado, refletindo a importância do papa para o cenário global.

Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, foi o primeiro papa latino-americano da história e também o primeiro jesuíta a ocupar o trono de Pedro. Sua eleição, em 2013, já marcava um ponto de virada para a Igreja Católica. Desde o início de seu pontificado, ele adotou uma postura voltada à inclusão, à luta contra as desigualdades e à defesa do meio ambiente.

A nota de Lula foi além do formalismo. Em tom pessoal, o presidente lembrou o impacto humanitário do papa e destacou que Francisco sempre viveu segundo os princípios da oração de São Francisco de Assis. Ele era conhecido por levar amor onde havia ódio, promover união onde reinava a discórdia e incentivar o cuidado com o planeta como um lar comum para toda a humanidade.

Francisco foi um papa que não se limitou às paredes do Vaticano. Ele denunciou injustiças sociais, criticou com firmeza os modelos econômicos excludentes e defendeu com veemência os pobres, os refugiados, os idosos e todos que sofrem qualquer forma de exclusão. Em diversos momentos, sua voz ecoou como uma consciência moral no cenário internacional.

Durante seu governo, Lula teve a oportunidade de se encontrar pessoalmente com o papa. Em junho do ano passado, em visita à Itália, Lula e a primeira-dama Janja foram recebidos com carinho por Francisco. Segundo o presidente, esses encontros foram marcados por afinidades ideológicas e espirituais, como o desejo de um mundo mais justo, sem fome e com paz entre os povos.

Esses ideais também foram ressaltados por Janja, que visitou o papa novamente em fevereiro deste ano. Na ocasião, ela participou da 48ª Sessão do Conselho de Governança do FIDA, em Roma, e relatou a emoção de encontrar o pontífice: “O papa está bem, animado e sempre sorridente, enchendo nossos corações de esperança e amor”, disse ela na época.

Lula com o papa Francisco após evento do G7 • 14/06/2024 – Vatican Media/­Handout via Reuters

Com a piora do estado de saúde do papa no fim de fevereiro, Lula e Janja organizaram uma missa especial em sua homenagem. A celebração aconteceu na capela Nossa Senhora da Conceição, localizada no Palácio da Alvorada, e contou com a presença de aliados e assessores próximos, em um gesto de fé e solidariedade.

A confirmação da morte foi feita pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano. Segundo ele, o falecimento de Francisco representa uma perda profunda para toda a Igreja e para a comunidade internacional. O papa vinha enfrentando problemas respiratórios nos últimos meses e chegou a ficar quase 40 dias internado no Hospital Gemelli, de onde recebeu alta no fim de março.

O impacto de sua morte é imensurável. Líderes mundiais, religiosos e cidadãos comuns expressaram suas condolências e lembraram a influência do papa na construção de uma sociedade mais fraterna. Francisco deixa um legado que transcende a religião, entrando para a história como um homem comprometido com os valores cristãos mais profundos: amor, humildade e justiça social.

O decreto de luto de Lula simboliza o respeito do Brasil à trajetória de Francisco. É um reconhecimento de que sua atuação ultrapassou fronteiras e tocou milhões de corações. Como afirmou Lula, as mensagens do papa permanecerão vivas nos pensamentos e nas ações de todos aqueles que acreditam em um mundo mais humano.

Mais do que palavras, o gesto do governo brasileiro convida a uma reflexão: o que podemos aprender com a vida e o legado de Jorge Mario Bergoglio? Em tempos de intolerância e divisão, sua postura firme, mas acolhedora, mostra que é possível liderar com compaixão e transformar o mundo através de pequenas atitudes diárias.

O mundo se despede do Papa Francisco, mas suas ideias seguem inspirando ações concretas. Seja na luta contra a fome, na defesa do meio ambiente ou na busca por justiça social, seu exemplo continuará servindo de guia para gerações futuras.

 

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