Cirurgia de emergência mobiliza equipe médica por mais de 12 horas
No último domingo (13), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido a uma cirurgia de emergência no Hospital DF Star, em Brasília. O procedimento, que durou mais de 12 horas, foi necessário para tratar uma obstrução intestinal severa, consequência direta das complicações que o político enfrenta desde o atentado à faca sofrido durante a campanha presidencial de 2018.
A equipe médica informou que a cirurgia envolveu a remoção de aderências intestinais e uma reconstrução parcial da parede abdominal. Felizmente, o procedimento foi considerado um sucesso e transcorreu sem intercorrências, sem necessidade de transfusões sanguíneas. Atualmente, Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sob monitoramento contínuo.
Condição clínica é estável, mas sem previsão de alta
Apesar da gravidade da operação, Bolsonaro apresenta uma evolução clínica considerada positiva. Segundo boletim divulgado pelo hospital, ele encontra-se estável, sem dor e reagindo bem aos cuidados pós-operatórios. Ele está sendo mantido em dieta especial, com suporte nutricional intravenoso, e recebe tratamento preventivo contra infecções, que é padrão em casos de cirurgias abdominais extensas.
Os médicos ainda não estipularam uma data para a alta hospitalar. O foco, neste momento, é garantir uma recuperação segura e minimizar riscos de complicações. Familiares próximos, incluindo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, acompanham de perto a internação e participam das decisões sobre os cuidados médicos.
Histórico de complicações desde o atentado de 2018
Esta é a sexta cirurgia de Bolsonaro relacionada ao atentado sofrido em setembro de 2018, quando foi esfaqueado durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Desde então, ele passou por diversas internações, sendo esta a nona vez que necessita de hospitalização por problemas ligados ao episódio.
As aderências intestinais — formações de tecido cicatricial que colam partes do intestino entre si — são consequências comuns em pacientes submetidos a múltiplas intervenções abdominais. Elas podem causar dores crônicas, obstruções e até perfurações intestinais, como foi o caso do ex-presidente.
Transferências entre hospitais antes da operação
Antes de chegar ao DF Star, Bolsonaro passou por dois outros hospitais. Inicialmente, ele foi atendido em uma unidade médica em Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, após queixas intensas de dores abdominais. Posteriormente, foi transferido para Natal e, por recomendação da família e da equipe médica, seguiu para Brasília, onde foi internado em caráter emergencial.
A rapidez nas decisões médicas foi crucial para evitar um agravamento do quadro. Segundo relatos, a dor era intensa e contínua, e os exames de imagem indicaram bloqueio intestinal com risco de necrose tecidual.
Repercussões políticas e apoio nas redes sociais
Mesmo inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro segue sendo uma figura de grande influência no cenário político brasileiro. A internação provocou uma onda de manifestações de apoio nas redes sociais, tanto de aliados políticos quanto de eleitores. Hashtags como #ForçaBolsonaro e #RecuperaçãoJá ficaram entre os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter).
Lideranças do PL, incluindo o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, emitiram notas de solidariedade e reforçaram a importância de respeitar o momento delicado. Além disso, opositores também manifestaram desejos de pronta recuperação, destacando a importância do respeito à vida humana acima das divergências ideológicas.
Conclusão: Bolsonaro segue em recuperação
Jair Bolsonaro permanece internado na UTI, em estado estável, e sua recuperação é monitorada de forma intensiva por uma equipe multidisciplinar. Ainda sem previsão de alta, ele deve continuar em observação nos próximos dias, recebendo suporte clínico adequado para evitar novos episódios de complicação intestinal.
A situação de saúde do ex-presidente é um lembrete das consequências prolongadas de traumas físicos graves e da importância da atenção médica constante em casos complexos como o dele.
